Ilha de Palmas
Uma piscina, no meio do mar?
Desde que começamos a planejar nossa ida para Barra de Guaratiba, começamos a nos interessar por este passeio. Não é fácil encontrar muitas informações na internet sobre a Ilha de Palmas, mas as imagens facilmente nos convenceram a querer fazer. Nós resolvemos fazer o passeio com a Guará experts por conta dos vídeos que vimos no instagram e o bom atendimento via mensagens que tivemos. Adiantamos que as redes sociais deles não explicam bem os passeios, mas conseguimos pegar tudo bem detalhado por mensagem. Fizemos com eles apenas este passeio mesmo, mas ficamos bastante interessados em outros que pretendemos fazer futuramente. Mas bom, vamos à ilha?
Como funciona?
Os Embarques costumam acontecer na sede deles, que é bem sinalizada e fácil de encontrar. Além disso, descobrimos lá que também são donos de uma hospedagem que funciona no mesmo local, com a acesso direto ao mangue. Nesse outro post nosso (inserir ink do SUP) já falamos sobre o quão legal é essa região, logo pode valer bastante a pena das essa conferida (não desprezem o mangue). Seguindo o mesmo padrão de sinalização, o barco também é todo sinalizado. Esses fatores em conjunto com os guias muito solícitos mostrou que apesar de ser uma empresa pequena, prestam um serviço turístico super profissional e de excelência.
O passeio em sai duas vezes por dia, uma de manhã e outra de tarde e possui cerca de 4 h de duração. O barco sai do final do manguezal de Guaratiba, passa por baixo da icônica ponte que dá acesso à restinga de Marambaia e segue em mar aberto por cerca de 20 min até a Ilha de Palmas. Os guias deram todas as instruções de segurança e também o contexto geográfico da ilha. Além de falar da própria ilha, também nos falou bastante sobre as ilhas Tijuca e Cagarras (provavelmente vão ouvir alguma piada sobre esse nome), que são passeios que ainda queremos muito fazer. A ilha de palmas em si é uma ilha de tamanho razoável e que não vamos acessar nesse passeio. Apesar do nome do passeio, somos levados apenas até em um pequeno anexo da ilha. Esse local é pequeno e se resume a uma formação geomorfológica que cria várias piscininhas da cor mais incrível que já vimos. As rochas são cobertas por cracas e uma quantidade impressionante de ouriços do mar, logo é necessário muito cuidado para andar lá e não se machucar. A Guará disponibiliza sapatilhas aquáticas para todos os passageiros, mas aconselhamos que cada pessoa leve a sua ou certifique-se com a empresa contratada sobre essa questão.
Além da bela água, que infelizmente (para nós pelo menos) é muito fria, vale destacar que a ilha permite que tenhamos contato com seres marinhos que não costumamos ver. Encontramos corais, caranguejos e muitos tipos de peixes, e é tudo muito fácil de ver. Os caranguejinhos são tão simpáticos que é melhor tomar cuidado com eles, por serem muito pequeninos, podemos acabar os machucando sem querer, e eles dão zero fobia social. O substrato também era muito interessante, quase todo composto por conchinhas sedimentadas. Inclusive vimos lá algumas das conchas mais bonitas que já vimos. No entanto, apesar de tentador, vale destacar que não devemos retirar nada de lugares quase intocados como este, pois é importante para a biodiversidade local se perpetuar sem interferências evitáveis.





Depois de um bom tempo na ilha, voltamos para o barco e fomos para a Praia do Perigoso que é a primeira das 05 praias selvagens. Já falamos um pouco delas aqui (inserir link).
O barco que estávamos atracou na água, uma cor muito bonita, e o guia nos disse para pularmos e irmos nadando até a praia e… AI! Santa Maria, Jesus e José e mais gente aqui! Antes de pularmos não tínhamos a mínima ideia do quão fria uma água poderia ser, quase um absurdo um lugar ser tão bonito mas um filhote de cruz credo ao mesmo tempo, um erro natural (talvez não para pinguins). Depois do susto e quase hipotermia resolvemos dar uma passeio na praia o Perigoso e pela das Conchas que fica do outro lado, mas bem pertinho, só atravessar uma pequena trilha. Essa última forma pequenas piscinas e possui o substrato mais legal de todos os tempos: uma mistura de pedrinhas com mini conchas. Ambas as praias são super bonitas mas de formas bem diferentes, apesar da proximidade. Vale lembrar que são praias “selvagens” e com pouca estrutura, mas é possível comprar algumas bebidas superfaturadas se precisar, algumas pessoas fazem o trajeto terrestre para isso.





Bom, e depois de passarmos um tempo razoável nessas praias, voltamos para o barco (sim, tivemos que entrar na água dolorosa para acessar o barco de novo…) e voltamos para o local de embarque. Como dito antes, a sede da Guará Experts fica bem no mangue, então descemos em uma espécie de píer em um local lindíssimo e com a água surpreendentemente quente e agradável. Foi aqui que decidimos que teríamos que voltar para conhecer melhor o mangue, sem exceção.
Recomendamos? Definitivamente.
Super recomendamos esse passeio, além de levar a lugares lindos e diferentes do usual no Rio de janeiro, o valor é super justo ao serviço prestado. Além disso, nos mostra novas perspectivas que não poderiam ser obtidas não sendo desta forma. E se estiver pela região de Guaratiba, aproveite para dar uma olhada nessas indicações aqui embaixo:
- Travessia das praias selvagens
- Sítio Roberto Burle Marx
- Standup no manguezal.