Le Pain Quotidem

Já pensaram na categoria “comida de aeroporto”? Pois então vamos embarcar nessa.

    Nosso primeiro contato gastronômico com a capital Argentina foi ainda no aeroporto. Encontramos essa charmosa cafeteria e, como veganos curiosos que somos mas não com muita esperança, fomos pegar o cardápio em busca de algo que poderíamos comer (eram umas 04:00 da manhã…). Felizmente tinha sim, e nos surpreendeu logo de cara… Pedimos duas porções de pastinhas: uma de homus remolacha (beterraba) e uma babaganoush, ambas acompanhadas com pães de forma. Esses não eram lá grande coisa e representaram muito do que encontramos em Buenos Aires, digamos que foi uma prévia do que viria pela frente, mas falaremos disso em outro momento…

    Aqui vale ressaltar que, apesar de termos estudado espanhol, não fazíamos a mínima ideia do que era remolacha, logo foi uma surpresa quando chegou o creme rosa vibrante (e sim, realmente pedimos sem saber o que era, simplesmente confiamos no símbolo vegan do cardápio). Felizmente foi uma surpresa muito boa, até fizemos questão de comprar o curioso hommus de remolacha outras vezes em outros estabelecimentos (aparentemente é uma coisa comum na Argentina).

Além dessas duas entradas, pedimos também um bolinho de “moras” (amora) como sobremesa que sério… muito muito bom. Gostoso e fofinho na medida certa. 

       Mas agora falando de sabor, vamos lá: como bons apreciadores da culinária árabe, sentimos que, meio que no geral, tanto o homus quanto o babaganoush faltavam um gostinho de tahine, aquele amargor especial proporcionado por ele. Mas entendo também que isso pode ser uma adaptação ao paladar argentino e o estabelecimento em si não é especializado em comida árabe (e vamos considerar também que é uma opinião pessoal de paladar). Mas voltando, o homus de remolacha que deve ser o que mais despertou a curiosidade de todos aqui, tinha um sabor levemente adocicado por causa da beterraba, uma leve acidez (provavelmente por causa do doce da beterraba) e uma cremosidade no ponto, o sabor no geral é bem equilibrado e assumimos que a combinação deu bastante certo (parabéns aos envolvidos). Agora o bolinho de moras (amoras)… vamos lá: primeiramente macio, bastante macio (uma surpresa no mundo vegano inclusive), quanto ao sabor, a massa era bem neutra e levemente adocicada, dando espaço ao sabor das amoras que estavam dentro, bem molhadinhas e com doce bem leve, a cada mordida dava para sentir uma certa crocância das sementinhas. A combinação no geral estava realmente muito boa, recomendados aos que chegarem com aquela larica pós viagem. 

    Vale destacar que descobrimos que essa cafeteria é uma franquia e acabamos encontramos outra alguns dias depois em um shopping de Palermo, e inclusive, existem algumas filiais em São Paulo.

    Bom… vamos dizer aqui que como veganos de cidades do interior, não estamos acostumados a achar comida veg em qualquer lugar, então esse primeiro contato (muito diferente da experiência nos aeroportos do Brasil) foi quase mágico, sério. E realmente foi quase como uma amostrinha do que encontraríamos nos próximos dias, já que Buenos Aires nos surpreendeu bastante no quesito comidas veganas…

 

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